Futuro. Ano 2140. A Terra sofre com o superpovoamento. Medicações prolongam indefinidamente a vida das pessoas – uma ameaça ao equilíbrio do planeta. Em meio a este cenário, uma declaração – o Pacto – proíbe a população de ter filhos, um ato eivado de egoísmo. Os pais de Anna desrespeitaram esta regra e, agora, ela é um fardo para a sociedade, um “Excedente”. E, como tal, precisa compensar o erro de seus progenitores. Este é o ponto de partida do romance juvenil O Pacto – Quando o nascer se torna proibido, de Gemma Malley.
Para ser um “Ativo Valioso” à sociedade, útil pelo menos – “o menos pior dos males” –, Anna é levada à Grange Hall, “lar” desse tipo de gente indesejada, onde todos são gratos por suas vagas. Uma aparente bênção e salvação para quem não deveria nem existir. Contudo, ainda que nascer não tenha sido uma escolha, há um preço a ser pago, embora as crianças e jovens que vivam lá não compreendam estas “entrelinhas” – mais que punitivas, autoritárias – de cerceamento.
Toda essa estrutura assim prosseguiria se um novo interno, Peter, não tivesse chegado a Grange Hall. O jovem conta para Anna das maravilhas da vida fora daqueles muros, do amor sem limites de seus pais e não dos seus “crimes”, e das terríveis consequências do Pacto. “Verdades” que a fazem questionar tudo aquilo em que sempre acreditou com tanta fé, abrindo seus olhos e de todos os demais detentos, e não internos, para a realidade.
Logo Anna se verá engajada numa luta pela verdadeira liberdade, sua e de outros jovens. Nem “Excedentes”, nem mais “Ativos Valiosos” – apenas humanos. Surpreendente e impactante, "O Pacto" é uma alegoria sobre a busca desenfreada pela vida eterna
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